Representantes dos municípios mais atingidos pela estiagem na região da Campanha se reuniram, ontem, com autoridades do governo estadual. O encontro foi realizado à tarde, no salão oval da Prefeitura de Bagé.

Representantes dos municípios mais atingidos pela estiagem na região da Campanha se reuniram, ontem, com autoridades do governo estadual. O encontro foi realizado à tarde, no salão oval da Prefeitura de Bagé, com o objetivo de auxiliar as lideranças dos municípios que tiveram mais perdas com a seca, para que enfrentem a situação da maneira mais adequada.
Além dos prefeitos de Hulha Negra, Aceguá e Candiota, estavam no encontro representantes da Casa Civil, Secretarias de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi); Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR); de Obras, Saneamento e Habitação (SOSH); do Banrisul; do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e do Badesul. Representando o governo municipal de Bagé estava o vice-prefeito Manoel Machado.
O encontro foi aberto com o pronunciamento do subchefe da Defesa Civil do Estado, Jarbas Trois de Ávila, que explicou aos presentes sobre o funcionamento do processo para que estes municípios recebam recursos do Estado, com a intenção de melhorar a atual qualidade de vida das famílias prejudicadas pela intempérie. Ele destacou que o único município da região a ter encaminhado um pedido formalmente, até o momento, foi Hulha Negra.
Num primeiro momento, Ávila se dispôs a ouvir os pedidos dos prefeitos e demais autoridades, para então dizer o que poderia ser feito pela Defesa Civil e quais eram as demandas que deveriam ser repassadas para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a qual seria encarregada pelas questões que envolvessem saúde animal e empréstimo de maquinário. O representante da Defesa Civil do Estado também pôs à disposição dos municípios, uma equipe técnica que poderia explicar sobre os trâmites necessários para formalizar os pedidos e fazer o encaminhamento dos mesmos.
Entre as necessidades indicadas pelas prefeituras se destacavam a perfuração de poços artesianos, a entrega de cestas básicas e a distribuição de reservatórios residenciais para as famílias mais afetadas com a falta de água, além de auxílio monetário para obras e projetos que envolvessem o assunto.
O prefeito de Hulha Negra, Renato Machado (PP), afirmou que a situação do município é grave: “Hoje, nossa cidade opera com 60% da capacidade de atender a população com água potável. Ainda em 2017, os poços começaram a secar. Temos reservatórios no interior, não temos água para transportar e 350 famílias precisam de cestas básicas para alimentação. Nosso decreto foi homologado em Brasília, mas a solução ainda não chegou”. Por sua vez, o titular da secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Luís Fernando de Lima, disse que a área plantada de soja, de cerca de 15 mil hectares, tem estimativa de prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões. “Também cancelamos a inauguração de três agroindústrias de queijo e derivados, pois não tem água disponível para o rebanho. A estiagem vai causar um prejuízo enorme aos produtores de nossa cidade”, lamentou.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 01/03/2018

Créditos: Assessoria de Imprensa

Créditos das Fotos: Joanes Araujo

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