A secretaria municipal de Saúde segue alertando a população em relação aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito

O aumento vertiginoso de casos de dengue no Rio Grande do Sul neste início de 2022 vem preocupando autoridades e levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a iniciar análises sobre os indicadores da doença na capital gaúcha. Assim, era esperado que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde apresentasse nesta quinta-feira (14) um parecer quanto à elevação do status da doença na cidade de "surto" para "epidemia" — o que não ocorreu.
Em Hulha Negra, a secretaria municipal de Saúde, segue alertando a população em relação aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito. A equipe de Endemias trabalha constantemente realizando visitas semanais nos pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, terrenos baldios, empresas, escolas e pontos aleatórios) e visitas em mais de 400 residências para compor o levantamento de índice bimestral.
Nesta semana, a SMS realizou um teste de dengue em uma moradora do interior do município, porém, o resultado do exame pode demorar até 30 dias para ser apresentado. A moradora estava visitando familiares em outro município e recebeu a confirmação que eles (os familiares) estavam contaminados com o vírus da dengue. Ao retornar para Hulha Negra, a moradora apresentou quadro gripal e realizou teste de covid, o resultado foi negativo.
Diferentemente do coronavírus, a dengue não é transmitida entre humanos, mas por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. A doença cresce no fim do verão, uma vez que o mosquito gosta de temperaturas moderadas e de chuva. Este ano já registrou mais do que o dobro do número de casos no Rio Grande do Sul no mesmo período de 2021.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), 7.982 casos de dengue foram contabilizados em 2022 no Estado até 12 de abril — cinco pessoas já morreram. No mesmo intervalo do ano passado, foram 3,9 mil casos, com três mortes. Atualmente, 435 dos 497 municípios gaúchos já registraram casos de dengue, o maior número desde que o governo estadual começou a monitorar a doença, em 2000.

Para saber como evitar a dengue, é preciso conhecer a doença
A dengue é uma doença viral transmitida por um mosquito conhecido como Aedes aegypti. Ele possui um tamanho pequeno, corpo marrom, com uma faixa curva branca em cada um dos lados do tórax, e suas patas apresentam listras brancas. Vive entre 35 e 45 dias e todas as suas atividades como reprodução, postura de ovos e alimentação acontecem durante o dia, principalmente entre o início da manhã e o fim de tarde.

A transmissão da dengue é feita pelo mosquito
A dengue possui um processo de transmissão por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, mais especificamente pela fêmea, que precisa de sangue humano para a maturação dos ovos. Não há riscos de transmissão por contato direto entre as pessoas, nem de fontes de água ou alimento. Uma das causas responsáveis pelo alto número de transmissões é o fato de o Aedes aegypti ser um mosquito doméstico, vivendo muito perto das pessoas.

Como prevenir a dengue
Cada um de nós tem a responsabilidade de atuar ativamente na prevenção da doença. E existem algumas ações que devem ser incorporadas na rotina de todos. Veja como evitar a dengue.

Eliminar os focos de água parada
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estima que 15 minutos são o suficiente para fazer uma varredura eficiente nos ambientes da casa para eliminar qualquer foco de água parada — ambiente ideal e mais comum de desenvolvimento dos mosquitos. A seguir, confira algumas medidas que podem ser realizadas a qualquer momento.

Dentro de casas e apartamentos:
• Tampe os tonéis e caixas d’água;
• Mantenha as calhas sempre limpas;
• Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
• Mantenha lixeiras bem tampadas;
• Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
• Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
• Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
• Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Em áreas externas:
• Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
• Limpe ralos e canaletas externas;
• Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;
• Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
• Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.

Fique sempre atento
Quando falamos em prevenir a dengue, não nos limitamos à nossa casa. É preciso ficar atento a qualquer lugar que estivermos. Principalmente por se tratar de uma transmissão feita por um mosquito que, no caso, possui mobilidade – pode voar de um lugar para outro.
Por isso, caso identifique locais com características de um potencial foco de dengue, entre em contato com as autoridades competentes para que as medidas necessárias sejam tomadas.
Exemplos de locais para estar de olho: terreno baldio com lixo acumulado e objetos com água parada, e os famosos ferros-velhos.

Sintomas mais comuns da dengue
A dengue pode ser uma doença assintomática (não apresentar sintomas), manifestar-se de forma leve ou mais grave, sendo que os sintomas mais comuns são:

• Febre alta (39ºC a 40ºC);
• Dor de cabeça;
• Dores no corpo e articulações;
• Dor atrás dos olhos;
• Falta de apetite e perda de paladar;
• Náuseas e vômitos;
• Mal estar;
• Manchas vermelhas no corpo.

Como é feito o tratamento da dengue
Não existe um tratamento específico para dengue. O que existem são medicamentos que diminuem os sintomas que a doença causa, sempre prescritos por um médico. Porém, existe uma orientação de não utilizar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral, AAS) e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Fonte: Ascom Hulha Negra

Data de publicação: 20/04/2022

Créditos: Ascom Hulha Negra

Créditos das Fotos: Divulgação

Compartilhe!