"Foi um pedido de socorro", diz prefeito sobre os bloqueios em Hulha Negra e Candiota

A Administração Municipal de Hulha Negra entende que a medida extrema foi necessária para chamar atenção do Estado e Governo Federal para que seja agilizado o processo de restauro da BR 293, no KM 151, que foi interrompido em razão de desmoronamento na pista. Com a interdição da BR (desde do dia 24 de setembro), o trânsito está sendo desviado por Hulha Negra. 

Veículos que trafegam no sentido Bagé x Pelotas, entram em Hulha Negra pelas avenidas Capitão Hugo Canto e Getúlio Vargas, acessam o bairro Trigolândia e, utilizam a estrada Bagé x Seival ou o acesso à Candiota pela estrada do Passo do Neto. Diariamente o fluxo de veículos pequenos ultrapassa 1,2 mil veículos e quantidade de caminhões, carretas, bitrem e rodotrem (veículos com pesagem entre 15 e 80 mil quilos) que utilizam essas vias diariamente, somam mais de 500.

Na manhã desta segunda-feira (09), uma comitiva do Executivo formada pelo prefeito Renato Machado; vice-prefeito, Igor Ballejo Canto; secretários municipais Hector Bastide e Éder Pereira; e a procuradora do município, Dra Dirce Silveira Medeiros Karpinski; e uma comitiva do Legislativo formada pelos vereadores, Luis Gustavo Dias Nunes (presidente da Câmara de Vereadores), Tanira Ramos e Getúlio Porto, estiveram reunidos com o prefeito de Candiota, Luis Carlos Folador, servidores do município e representantes de empresas da região. Na pauta, mais uma vez estava a busca de soluções para o transtorno causado com a interrupção de parte de BR 293.
O prefeito de Hulha Negra diz que desde o primeiro momento o Poder Executivo está trabalhando para amenizar a situação, porém lamenta a falta de ação do DNIT. “Nunca nos procuraram para avisar que, em função do bloqueio da BR, o trânsito seria desviado por dentro de Hulha Negra e Candiota. O DNIT não está sendo nosso parceiro e quem está perdendo é a nossa população. Infelizmente esse aumento no trânsito não era esperado e nem estamos preparado para suportar essa quantidade de veículos. Esse trânsito inesperado está destruindo nossas estradas e nossa pavimentação. O pavimento que demorou 30 anos para chegar na frente das casas do munícipes está sendo destruído em minutos”, lamenta o prefeito Renato Machado, destacando que a ação do bloqueio é um pedido de socorro para o Estado e Governo Federal.
Em Candiota, num encontro realizado na Câmara de Vereadores, o prefeito Renato Machado lamentou a falta de agilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes na solução do impasse. “A responsabilidade da manutenção dos mais de 1,4 mil quilômetros de estradas de Hulha Negra é minha, como gestor. Não me isento desta missão, fazemos o que podemos, mas, a responsabilidade de solucionar esse problema na BR 293 é do DNIT. O DNIT vai acabar com a Hulha Negra. Todos estão vendo isso, todos percebem que Hulha Negra está sendo prejudica, mas o DNIT que é quem realmente precisa ver, não está enxergando. O desvio é uma medida que trará solução até o reparo na BR, mas as sequelas em Hulha Negra, essas ficarão. Repito: o que construímos de pavimentação em 30 anos, está sendo destruído. Nossa preocupação era no máximo 10 caminhões transitando diariamente na sede do município, agora tem mais de 500.” 

Junto com o prefeito de Candiota, vereadores e lideranças dos dois municípios, o prefeito Renato Machado cumprirá agenda na Capital Gaúcha, amanhã (10), em busca de soluções mais imediatas. 

  

Ponte do Arroio Jaguarão

Em vistoria a ponte que fica localizada na estrada do Seival, sob o arroio Jaguarão, divisa de Candiota com Hulha Negra, foi identificado através de um Laudo Técnico que ocorreu um colapso na transversina da terceira linha de pilares no sentido Hulha Negra – Candiota. Em nota, a prefeitura de Candiota informa que, por medida de segurança, o acesso da ponte será interditado até que seja realizado o reparo necessário para reaver a estabilidade do pontilhão.